segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A pressa é inimiga da perfeição.


Hoje, me encontro meio cabisbaixo, sei lá, meio chateado com uma derrota tão boba, causada por uma coisa chamada de "pressa". Realmente, o ditado é muito certo: A pressa é inimiga da perfeição. E logo eu, que sou tão chato com essa coisa de perfeição, pois me cobro o máximo para fazer o melhor.
É muito triste você saber que talvez seja reprovado, por descuido seu, por mero "egoísmo" de não ficar entre os 3 últimos da sala aguardando seus companheiros candidatos ao mesmo cargo.
Por mais que esse não seja meu objetivo de vida, o que idealizo como profissão, mas é muito ruim.
Domingo passado (15/01) foi realizado o primeiro certame de 2012 que me inscreví, para o cargo de agente sócioeducativo, pois como relatei acima, não é meu objetivo, mas, na atual circunstância, já começaria a fazer diferença na minha vida. Me inscreví para treinamento, mas no fundo, bate aquela vontade de ser aprovado, sei lá, é uma coisa meio doida, talvez só quem é concurseiro saiba o que estou falando. rsrsrs.
Como estou me preparando para PCERJ e PF, aproveitei o embalo e resolví fazer esse  concurso para ver como está meus conhecimentos.
Pois bem. Meus dias se iniciavam no ECA, lei de abuso de autoridade e tortura,  dec. 2479 e 220,  rac. lógico ... dentre outras e, por aí ai seguindo essa rotina.
Foi bom ter intensificado essas matérias, pois quando for divulgado o edital das outras instituições, já estou afiado em algumas disciplinas.
Mas voltando ao assunto.
Chegou a hora, levantei às 5:00hs, dei uma revisada de leve, conferí o material para levar para prova e, partí.
Chegando ao local, notei que não estava muito cheio, mas, não estava preocupado com isso, queria mesmo era ver o resultado.
Beleza. A prova foi entregue, toda ladainha dita novamente pelos fiscais.
E lá vamos nós. Virei a prova e, aí é que foi a surpresa. Tudo o que eu tinha estudado foi 60% da prova. Caiu coisa de outro mundo, perguntas sobre pensamentos de autores de livros, uma coisa ridícula, aliás, a prova toda estava ridícula.
Mas fazer o que? Reclamar? Eu que não iria!
Terminada a prova objetiva, veio ela, a tão temida redação. Confesso que consigo escrever todos os assuntos fora da prova, mas na hora, parece que trava, não brota nada, é algo que preciso de tratamento. rsrsrs.
Maaaaassss, foi. Terminei. Mas aí é que veio a maldita da pressa. Olhei ao meu redor, só tinham 4 na sala e, ainda faltavam 30min. para o término do tempo da prova. Pensei comigo: "Vou logo entregar, senão terei que ficar aquí esse tempo com fome, sede ...
Foi o que fiz, entreguei a prova e fui embora.
Chegando à casa, fui parar ver a prova novamente, tentar corrigir o caderno de respostas.
Legal, não fui ruim, acertei 75% da prova, sendo que 30%, foi no famoso chute, pois não tinha estudado nada sobre os ilustres autores que vieram do outro mundo.
Quando olhei a redação, ahhhh, deu até vontade de me matar.
Eram 2 temas, da qual o candidato tinha que escolher, e falar sobre o mesmo. Só, que tinha que marcar qual tema tinha sido escolhido. E assim eu não fiz, esquecí de assinalar, fiz tudo certo, mas fazer o que? Agora estou no aguardo para ver se serei desclassificado, ou, se perderei pontos.
Sempre creio em uma frase que já tinha lido uns tempos atrás: QUANDO DEUS QUER, ACONTECE.
E assim estou me firmando, pois quando chegar a hora certa, Deus vai abençoar e liberar minha vaga.
Mas, contudo, a princípio era só um teste, e ele foi feito. Significa que não esotu tão ruim assim, as coisas estão começando a fluir.
Mas fica o lembrete: A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO.
Rumo ao sonho. PCERJ E PF.

 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Doação de sangue poderá ser fator de desempate em concursos.

Os concurseiros vão precisar dar o sangue caso desejem ser aprovados. Literalmente. Isso se for aprovado o projeto de lei de autoria do deputado Luiz Argôlo (PP-BA) que inclui como fator de desempate em concursos públicos a doação regular de sangue.
Pela proposta, considera-se doador regular aquele que realize, no mínimo, três doações por ano.
Pelo Projeto de Lei 2.474, de 2011, o candidato deverá apresentar o comprovante de doador no ato da inscrição no concurso público.
Já o candidato impossibilitado por razões clínicas de ser doador tem direito a atestar sua condição recebendo o mesmo beneficio destinado ao doador regular.
Caso venha a ser aprovada, justifica o autor da proposta, a regra poderá levar muitos candidatos a se tornarem doadores regulares.
Hoje, os bancos de sangue não conseguem atender a uma crescente demanda, motivada pelo crescimento da população e pela maior oferta de serviços de saúde.
A proposta tramita em caráter conclusivo e será examinada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Denuncie.

O delegado Oscar Alves, da 72ª DP (Mutuá/São Gonçalo), vai rastrear as ligações feitas para a casa de Lyriasiria dos Santos, de 79 anos, para tentar descobrir o agressor que a espancou após cobrar dívida do neto Flávio dos Santos Gomes. As lesões foram tão graves que a deixaram cega do olho esquerdo.
Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia e Divulgação
Lyriasiria sai amparada de clínica. Retrato-falado de agressor em cartaz | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia e Divulgação
Nesta quinta-feira, o Disque-Denúncia (2253-1177) divulgou cartaz com o retrato-falado do suspeito da agressão. Segundo o delegado, Flávio, que está preso por roubo, afirmou que sofreu ameaças de agiotas. “As ligações podem nos levar ao agressor. O neto admitiu que pegou empréstimos e foi ameaçado”, explicou Alves. De acordo com ele, Flávio admitiu que usa drogas mas que não tem dívida com o tráfico. “Mas não descartamos essa hipótese”, disse ele.
Fonte: Jornal O Dia.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Superação.


Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina.
Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própia oficina.
Para poder continuar nos negócios, empenha as própias jóias da esposa. Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido. O homem desiste? Não!
Volta à escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o chamavam de "visionário". O homem fica chateado? Não !
Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele.
Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída. O homem se desespera e desiste ? Não !
Reconstrói sua fábrica, mas, um terremoto novamente a arrasa. Essa é a gota d'água e o homem desiste ? Não
Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família.
Ele entra em pânico e desiste ? Não!
Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas "bicicletas motorizadas".
A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercardoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.
Encurtando a história: hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria da automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque o Se. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

Portanto, se você, como infelizmente tem acontecido com muitas pessoas, adquiriu a mania de viver reclamando, pare com isso ! Vá em frente, sempre...


É meus caros amigos!!! Por quantas vezes nos pegamos, fazendo várias reclamações da vida?
Sabemos que vida de concurseiro não é fácil, estamos por muitas da vezes, submetidos a momentos de altos e baixos em nossos estudos, mas, contudo, não devemos nunca, mas nunca mesmo, desistir dos nossos ideais.
É persistência que nos leva a excelência.
Portanto, que nesse novo ano que se inicia, possamos ser perseverantes em nossos sonhos, pois assim, conseguiremos os nossos objetivos.

Um ano de vitórias a nós concurseiros.
2012 será nosso ano. O ano de aprovações.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

2012 terá decreto para investigar patrimônio dos policiais

José Mariano Beltrame fala sobre mais um ano na frente da SESEG


25/12/2011
Rio - José Mariano Beltrame começa, no dia 1º de janeiro, o seu sexto ano à frente da Secretaria de Segurança do Rio, um feito inédito na história da pasta que é considerada a bomba-relógio do governo. Sobreviveu a crises como a morte do menino João Hélio, em 2007, a morte de 18 homens pela polícia no Complexo do Alemão, aos seguidos casos de corrupção policial e até ao assassinato da juíza Patrícia Acioli.

Apesar dos problemas, transformou-se na ‘menina dos olhos’ do governo Sérgio Cabral ao implantar as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e derrubar o império do tráfico no Alemão e na Rocinha. Mira agora as armas para a formação dos novos agentes. Quer mais lições de Direitos Humanos e Psicologia, e menos dedo no gatilho.

Aposta as fichas na reestruturação das corregedorias para apanhar policiais com aumento de patrimônio e segue com a pacificação da cidade. A bola da vez, diz o gaúcho num bom carioquês, é a Zona Norte. O caminho passa por Jacarezinho, Manguinhos e Complexo da Maré.

O DIA: Como foi 2011, secretário? Começou ruim e terminou bem, com a ocupação da Rocinha?
BELTRAME: “Eu sou muito cético em relação a conquistas, sempre penso que está melhor do que era, mas que o que vem pela frente é sempre mais importante”.

O DIA: A morte da juíza Patrícia Acioli marcou o ano?
BELTRAME: Todo crime contra a vida nos choca, nos deixa mal. Tentar silenciar a Justiça é algo inconcebível. Porém, a polícia elucidou isso.

O DIA: Foi o primeiro caso de um juiz morto no Rio.
BELTRAME: Que eu me recorde, sim. Trabalhei no Espírito Santo e lá já tivemos exemplos.

O DIA: No episódio, ficou alguma mágoa com o coronel Mário Sérgio, ex-comandante da PM?
BELTRAME: Não. Ele trouxe para si a responsabilidade de ter indicado o coronel Cláudio Oliveira (acusado de planejar a morte da juíza, quando era do 7º BPM, em São Gonçalo) para o 22º BPM (Maré). O Mário acreditava que controlaria esse coronel no 22º batalhão. Mário estava hospitalizado, mal falava, e disse: ‘Secretário, se eu tenho essa responsabilidade, eu tenho que ir embora. O seu projeto é maior que tudo’.

O DIA: Por que tantos casos de policiais envolvidos em crimes no Rio de Janeiro?
BELTRAME: Isso não é novo, não começou em 2007. E hoje se combate isso de maneira visível. A corrupção existe no País e no mundo, e eu pergunto: que instituição pública corta na própria carne mais do que a polícia?

O DIA: O caso de corrupção de policiais da UPP Fallet, em Santa Teresa, foi uma facada nas costas?
BELTRAME: Não. A UPP não vai resolver tudo. Ela é uma possibilidade. O desafiador é apresentar essa opção à sociedade’.

O DIA: O policial que entra hoje na instituição tem na mente dele a corrupção?
BELTRAME: Que garantia podemos dar? Esses policiais são filhos da sociedade carioca. A formação que vem de casa tem peso vitalício nisso.

O DIA: No caso dos policiais recém-formados, não é uma chance de acompanhar a evolução patrimonial e prevenir os desvios?
BELTRAME: Em primeiro lugar, não posso acompanhar o patrimônio do policial. Propus isso em 2007, a apresentação espontânea de patrimônio, e fomos rechaçados. Não basta só dar a informação do patrimônio, é necessário uma justificativa jurídica para isso. Em tese, não podemos acompanhar isso.

O DIA: Então, a secretaria tem que cruzar os braços?
BELTRAME: Estamos lançando, depois do caso do Fallet/Fogueteiro (‘mensalão’ pago pelo tráfico a policiais da UPP), um mecanismo juridicamente palatável. A PGE (Procuradoria Geral do Estado), a CGU (Corregedoria Geral Unificada) e corregedorias internas estão finalizando o decreto de averiguação preliminar, instrumento que vai nos permitir descobrir possíveis desvios. Teremos visão, em tese, da desproporção patrimonial de um policial. Queria fazer até o fim deste ano, mas a PGE está finalizando esse decreto, que o governador vai assinar.

O DIA: As corregedorias estão estruturadas?
BELTRAME: Após a Operação Guilhotina, criamos melhores estruturas para as corregedorias, CGU e subsecretaria de Inteligência. Maior efetivo, com melhores condições financeiras e técnicas. Queremos que as corregedorias antecipem o fato. Tirá-las da reação para a proatividade. A CGU e a Coimpol fazem isso.

O DIA: Mas a Corregedoria da PM, não.
BELTRAME: A PM não tem o monopólio da investigação, não é judiciária e não consegue quebra de sigilo telefônico, bancário, fiscal, a não ser em casos de Justiça Militar.

O DIA: A Corregedoria da PM ainda é burocrática...
BELTRAME: Sim, muito. É pouco investigativa, mas esse barco já saiu do porto, com os investimentos que fizemos em pessoal.

O DIA: O senhor pensa em melhorar a formação do policial?
BELTRAME: Formaremos 500 homens por mês até setembro de 2012. Temos uma máquina de formação. A partir de 1º de janeiro, e isso será uma revolução semelhante à das UPPs, o PM será formado com professores externos que ganharão R$ 65 por hora-aula, com nova grade curricular. Temos 10 mil profissionais de educação inscritos (a previsão inicial eram dois mil). Agora, isso não dará frutos a curto e médio prazo. E isso mostra que o trabalho não é do secretário, mas de governo, de gestão, e não pode recuar.

O DIA: Por falar em investigação, o senhor acha que a Delegacia de Homicídios comporta tanto trabalho?
BELTRAME: O projeto DH não está pronto. Queremos quatro grandes DHs. É o modelo de São Paulo. Mas não adianta ter uma assim funcionando na Barra da Tijuca, que não vai preservar o local (do crime) numa região distante. Procuramos terrenos em São Gonçalo e na Baixada para construir as novas sedes e teremos uma no Centro. O governador garantiu recursos.

O DIA: Com a UPP na Rocinha, fecha-se um cinturão de segurança na Zona Sul. E a Zona Norte?
BELTRAME: A Zona Norte é a bola da vez: Jacarezinho, Manguinhos, Maré...Vamos subir. Se olharem o mapa da cidade do Rio de Janeiro, desde o litoral, o movimento da UPP é saindo do mar em parábola para a esquerda, em direção à Zona Norte.

O DIA: Jacarezinho e Complexo da Maré vão precisar de UPPs, mesmo com a Cidade da Polícia e a sede do Bope, respectivamente?
BELTRAME: Vão, pois são áreas muito grandes. Para policiar uma área assim, só colocando os policiais lá dentro, não tem mágica, é simples ostensividade.

O DIA: E quando teremos UPPs em Niterói e na Baixada?
BELTRAME: Ainda vai demorar. Temos 92 municípios no estado e cerca de 16 milhões de pessoas. Desses, os municípios da Região Metropolitana concentram cerca de 11 milhões de moradores.

O DIA: A Polícia Federal faz operações e prende bicheiros. A Polícia Civil fez e não pegou. A operação vazou?
BELTRAME: Pode ter vazado. A operação envolveu 700 homens. O grande marco foi que a Polícia Civil fez a operação, fez prisões e denunciou essas pessoas, que hoje são foragidas.

O DIA: Outras ações estão previstas contra os chefes da contravenção?
BELTRAME: Temos investigações e vocês (jornalistas) verão. As polícias precisam mostrar que não têm ligação com isso. Agora, o jogo do bicho precisa de uma decisão: ou criminaliza ou libera. Como está, você prende as pessoas, elas respondem como crime de pequeno potencial ofensivo e voltam para a rua. Isso só serve para denegrir a imagem das instituições.

O DIA: Fica a impressão que a polícia foi corrompida, é isso?
BELTRAME: Já prendi gente do jogo do bicho, e, na delegacia, ele tinha 10 passagens pela polícia. Já fechei quatro vezes o mesmo lugar, eu prendi. Então, ou criminaliza ou o trabalho vai servir apenas para tirar policiais do serviço deles, e o criminoso não fica preso.

O DIA: O senhor é favorável à liberação do bicho?
BELTRAME: Sou favorável a definir o que a sociedade quer: criminalizar ou liberar. Essas opções precisam de salvaguardas para que efetivamente funcionem. Atualmente, com a legislação atual, a população acha que a polícia não prende, mas na semana passada prendeu 300 e estão soltos.

O DIA: O senhor vai contar sua história à frente da secretaria no futuro?
BELTRAME: Quando sair, farei dois livros; um está a caminho.

O DIA: São cinco anos de gestão em 1º de janeiro...
BELTRAME: Está muito longe.

O DIA: Longe? Falta apenas uma semana.
BELTRAME: Aqui, cada dia é um dia.

FONTE: ODIA

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Motivação.

Olá caros colegas!!!
Quero compartilhar este vídeo motivacional com vocês, pois acho que diante de tantas lutas que passamos para podermos alcançar nossos objetivos, não há nada mais importante 
que a motivação, pois sem ela é bem difícil prosseguir na caminhada.
Essa música (tema da vitória), é a que mais faz diferença na minha vida, é aquela em que quando estou fraco e desanimado nos estudos, ela  me faz refletir em todos os momentos já passados, e me dá ânimo para poder prosseguir com meus objetivos.
Um abração a todos.

Aos futuros policiais

 Aquele que opta por seguir a carreira policial deveria receber, antes de ser admitido na Força Pública, uma cartilha esclarecendo a realidade da profissão, as obrigações, as responsabilidades e os pouquíssimos direitos que irá ter logo após constatar que seu nome está dentre os aprovados em concurso público para o espinhoso cargo. Estes esclarecimentos poderiam ser fornecidos ao aluno nas Academias de Polícia, desta forma dando-lhe a oportunidade de desistir antes de prestar o juramento.

Estar garbosamente de pé na frente de todos, da família, dos amigos, depois de meses nas salas de aula, esticar o braço direito e dizer cerimoniosamente: "Juro, pela minha honra, trilhar todos os passos de minha trajetória funcional com dignidade, honrando a Instituição policial: exercerei com desassombro e probidade a defesa social do direito, da ordem e da lei, dando a minha vida, se preciso for, no cumprimento do dever”, além de ser uma formalidade muito bonita é também muito fácil. O problema é estar consciente da dificuldade em cumprir o compromisso e agir desta forma o resto da vida.

Será que algum jovem, quando resolve ser policial, tem noção de que está prestes a deixar de ser ele próprio para tornar-se o instrumento de proteção da sociedade? Faz idéia de que a profissão de policial é um sacerdócio no qual irá sacrificar sua vida pessoal, o acompanhamento do crescimento de seus filhos, as festas em família e terá muito mais dissabores e mágoas do que momentos felizes? Será que alguém, em sã consciência, daria preferência a arriscar diariamente sua vida, a ficar noites acordado ouvindo e resolvendo problemas dos outros, molhado de chuva, com frio ou em um ambiente quente e malcheiroso? E o pior, ganhando um salário muito aquém do merecido enquanto as pessoas que deveriam agradecer-lhe pelo desprendimento o condenam: “ganha muito, não faz nada, é tudo vagabundo!”

Imagine então se o aspirante a policial soubesse, antecipadamente, que não adianta ser extremamente honesto, cortês, justo ou educado. Pelo simples fato de ser policial, da noite para o dia, será visto como ladrão, grosso, covarde e estúpido. Nenhum pai vai querer tê-lo para genro e se for mulher, a maioria não quer ter uma policial como filha. Quando perceber que a maioria das pessoas que se acercam dele o fazem por interesse, para conseguir alguma benesse, na maioria agindo contrariamente a lei e buscando tão somente “proteção” gratuita, já será tarde, já foi nomeado, já estará na ativa.

O policial deve ter sempre em mente que estar na polícia é ter direito a andar armado, dirigir em alta velocidade, avançar sinal tocando sirene, parar em local proibido, porém estar na polícia não é o mesmo que ser policial. O policial se obriga a agir dentre alguns parâmetros não exigidos para os demais seres comuns, a ser consciente de que cada ato seu reflete a imagem de toda a instituição.

Precisa estar ciente que parte de seus “irmãos em armas” parecem, mas não são policiais. Estão na Força Pública para se locupletarem, roubar, matar, prevaricar e protegerem-se atrás do distintivo, fazendo dos bons escudo, baluarte, dividindo com os honestos as críticas por seus atos corruptos.

O policial de verdade deve perceber que não existe diferença entre o bandido comum e o bandido “policial”, e que ambos devem ser combatidos. Porem o bandido policial é mais difícil de vencer – ele é covarde, possui o respaldo de toda a instituição que erroneamente lhe dispensa “o espírito de corpo”, mesmo traindo os dogmas do ofício de policial. Certo estava o marginal Lucio Flávio que, não obstante ser delinqüente sabia perfeitamente seu lugar quando declarou: “bandido é bandido, polícia é polícia”. Como a água e o azeite, não se misturam.

O distintivo, bonito ou não, de ferro ou de lata, pesa tanto quanto o coração do policial que o recebeu. É o símbolo da confiança que a sociedade depositou em um membro pertencente a ela própria. Como se fosse um casamento, de um lado o cidadão, de outro o policial – pra sempre, até a eternidade. Um policial jamais abandona aqueles que se propôs a defender, quando o faz, é porque deixou de ser policial – podendo até continuar com o titulo, mas restou um capacho velho, digno do lixo.

Ser policial não é estar nomeado, trazendo no bolso uma carteira, um emblema, a arma e algema. Ser policial não é ter definida uma função, exercer determinado cargo, estar na ativa. Ser policial é um estado de espírito, é um fogo imortal que aquece a alma e enternece o espírito. É dar a vida pelo próximo sem se dar conta de que está indo para a morte, é chorar ao resgatar uma criança em perigo, é se controlar para não cometer crime quando prende um estuprador. Ser policial é largar tudo quando um colega pede ajuda, “virar noite” e “dobrar serviço” para prender um autor de crime, é suportar a frustração do caso não resolvido.

Ser policial é sofrer a se ver obrigado prender um colega, mas também é não prevaricar quando foi este que optou “passar para o outro lado”, quando deixou de ser policial e tornou-se bandido, quando desonrou o compromisso e descumpriu o juramento, quando traiu a própria classe.

Assim, da próxima vez que tiver o impulso de falar mal dos policiais em geral, ao ler uma noticia dando conta da existência de criminosos na corporação, considere: quantos bons, honestos e honrados estão trabalhando arduamente para que você, gratuitamente, os atinja como um todo, jogando-os na mesma vala negra daqueles poucos que não souberam ser policiais de verdade!

Texto escrito por Paulo Magalhães, que é delegado de policia aposentado e presidente da Brasil Verdade, ONG do MT